segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Uma breve história sobre a indepedência feminina

Em uma visão ampla buscamos enfatizar no blog um olhar à respeito da prostituição, no entrando para se chegar de forma coerente não poderiamos deixar de passar brevemente  alguns pontos como a  indepência feminina , a história da sexualidade ,das relações de gênero até a chegada da real abordagem da prostituição

 
 

Os movimentos feministas fizeram a sociedade olhar para a mulher diferente. E assim é necessário reformular o conceito de que mulher está a serviço do homem e que é somente uma auxiliar ou serviçal ( domestica e sexual).
O símbolo astrológico
do planeta
Vênus, assim batizado
em homenagem
à deusa romana do amor;
devido
à intensa luz que
emana, na
astronomia,
é, além da
Lua, o único
corpo celeste que pode
ser visto tanto de dia
como de noite
.
Nas camadas sociais quem há um discurso patriarcal reforçada pela religiosidade judaico- cristã é muito natural relacionar a mulher com aspectos voltados à família,maternidade,marido. E devido à esses aspectos surge a corrente do feminismo,que é o movimento social que defende igualdade de direitos e status entre homens e mulheres em todos os campos. Embora ao longo da história diversas correntes filosóficas e religiosas tenham defendido a dignidade e os direitos da mulher em muitas e diferentes situações, o movimento feminista remonta mais propriamente à revolução francesa.
Desde o início da revolução, as francesas participaram ativamente da vida política e criaram inúmeros clubes de ativistas femininas. A convulsão desencadeada em 1789, além de pôr em cheque o sistema político e social, então vigente na França e no resto do Ocidente, encorajou algumas mulheres a denunciar a sujeição em que eram mantidas e que se manifestava em todas as esferas da existência: jurídica, política, econômica, educacional etc.

Acadêmicos dividiram os movimentos históricos cronologicamente em 3 vertentes:
*
Sufrágio feminino -Século XIX e em meados do XX , foi voltado inicialmente para a preocupação com do direito da mulher voltar, a igualdade entre homens e mulheres e promove oposições aos casamentos arranjados.
*A segunda vertente aponta ideias e ações que relacionam aos movimentos de liveração feminina na decada de 60 ,que agrupa a primeira também mas introduz a preocupação ao fim da discriminalidade ,lutando assim pela igualdade legal e social para as mulheres e discute pouco mais aspectos sobre o aborto que não é tão abordado na primeira vertente;
*E a terceira -Decada de 70 vem como uma continuação da segunda, reparando assim as falhas que existiram.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Feminismo#Primeira_onda






Entrada no mercado de trabalho

Com a I e II guerra mundial o homem está frente ao campo de batalha ,oque faz com quem as mulheres passem a assumir os negócios de família e a exercer o papel do homem no mercado de trabalho, mas com o fim da guerra muitos homens ficaram mutilados e impossibilitados de voltar ao trabalho. Foi nesse momento que as mulheres sentiram-se na obrigação de deixar a casa e os filhos para levar adiante os projetos e o trabalho que eram realizados pelos seus maridos.
No século XIX, com a consolidação do sistema capitalista inúmeras mudanças ocorreram na produção e na organização do trabalho feminino. Com o desenvolvimento tecnológico e o intenso crescimento da maquinaria, boa parte da mão de obra feminina foi transferida para as fábricas.
exercendo atividades nas industrias principalmente a partir do momento em que as mulheres se mostraram capazes de contribuir para o sustento de suas famílias, não foi mais possível tratá-las apenas como donas-de-casa ou objetos de prazer.
Nesse sentido perante o mercado de trabalho e da vida sexual, para as mulheres, o surgimento da pílula anticoncepcional, no início da década de 60, foi outro fator que junto com as grandes guerras e a consolidação do capitalismo, foi importante por ser responsável por um comportamento sexual feminino mais liberal. Porém, elas também queriam igualdade de direitos de decisão e  de salários,  visto que as  difíceis condições de trabalho que lhes eram impostas ,como exploração,uma longa jornada de trabalho, diferenças salariais acentuadas eram comuns oque  conduziram-nas a reivindicações que coincidiam com as da classe operária em geral. É, pois, dessa época que data a estreita relação do feminismo com os movimentos de esquerda.. Até o sutiã foi queimado em praça pública, num símbolo de libertação.Os 60 chegaram ao fim, coroados com a chegada do homem à Lua, em julho de 1969, e com um grande show de rock, o "Woodstock Music & Art Fair", em agosto do mesmo ano, que reuniu cerca de 500 mil pessoas em três dias de amor, música, sexo e drogas.

Desta forma vale salientar que o objetivo de plena igualdade, nunca radicalmente alcançado, realizou-se de forma muito desigual nos diversos países. Porém O impacto proporcionado pela ação política do movimento feminista é responsável pela gradativa mudança de mentalidade que vem se processando na sociedade, juntamente com a implementação de políticas públicas que têm contribuído para a transformação da condição social das mulheres nas últimas décadas.

Lugares e papéis sociais da mulher no mundo contemporâneo

Na literatura...

Alguma das diversas obras relacionadas á mulher e seus direitos.

O SOCIALISMO E A EMANCIPAÇÃO DA MULHER Primeira Edição: Clara Zetkin — in Notas de Meu Diário. Lênin, Tal Como Era. Páginas escritas depois da morte de Lênin.Fonte: , Editorial Vitória, 1956

No livro é abordado várias tematicas indo do trabalho operario das mulheres nas fabricas , o direito ao divórcio entre outros como o papel da mulher na construção do socialismo.
Em 1920 Lênin diz que é desnecessaria dizer que ele considerasse a plena igualdade social da mulher como um principio indiscutivel do comunismo. E que o partido Bolchevique fornece quadros experimentados para o movimento feminino comunista internacional e no mesmo tempo serve de grande exemplo histórico ,pois as mulheres demonstraram coragem e suportaram as privações , durante a revolução Russa.






 


Betty Friedan lançou a "Mística Feminina" em 1963, como resultado de suas pesquisas sobre o estilo de vida estadunidense que incentivava a mulher a ser apenas dona-de-casa e viver em função do marido e filhos. De acordo com o obituário de Friedan no New York Times, A Mística Feminina teria "colocado fogo no movimento feminista contemporâneo, em 1963, e, como resultado, transformado permanentemente o tecido social dos Estados Unidos e dos países ao redor do mundo",








O  SEGUNDO SEXO (Le Deuxième Sexe )


é um livro escrito por Simone de Beauvoir, publicado em 1949  e uma das obras mais celebradas e importantes para o movimento feminista. O pensamento de Beauvoir analisa a situação da mulher  na sociedade.


A MISTICA FEMININA  

Alguns dos direitos conquistados pelas mulheres ao longo da história

Em todos os campos são marcantes os avanços das mulheres. Isto resultou de uma história de lutas e conquistas, na qual o movimento feminista, em cada momento com feições próprias, ajudou a escrever uma página. Algumas datas e eventos marcantes.
1759 - Olympe de Gouges, revolucionária francesa, lança o manifesto “Declaração dos Direitos da Mulher”, denunciando a Declaração dos Direitos do Homem como instrumento de cidadania restrita aos componentes do sexo masculino. Questiona o direito de as mulheres irem ao cadafalso se não podem subir à tribuna. É decapitada.
1792 - Inglaterra - Mary Wolstonecraft (1759-97) escreve um dos grandes clássicos da literatura feminista “A Vindication of the rights of women”. Defendia uma educação para meninas que aproveitasse seu potencial humano.
1827 - Brasil - Surge no Brasil a primeira legislação relativa à educação de mulheres; a lei admitia meninas apenas para as escolas elementares, não para instituições de ensino mais adiantado.
1832 - Brasil - A brasileira Nísia Floresta, do Rio Grande do Norte, defendia mais educação e uma posição social mais alta para as mulheres. Lança uma tradução livre da obra pioneira da feminista inglesa Mary Wolstonecraft, e dá-lhe o título “Direitos dos homens, injustiças para as mulheres”.
1848 - EUA, Nova York -Convenção em Seneca Falls, o primeiro encontro sobre direitos das mulheres.
1857 - 8 de março - EUA, Nova York - 129 operárias morrem queimadas pela força policial, numa fábrica têxtil Cotton, em Nova York. Elas ousaram reivindicar redução da jornada de trabalho de 14 para 10 horas diárias e o direito à licença-maternidade. Em 1910, o Congresso Internacional das Mulheres Socialistas institui o 8 de março como Dia Internacional da Mulher, em homenagem a essas mulheres.
1879 - Brasil - O Governo Brasileiro abriu as instituições de ensino superior do país às mulheres; mas as jovens que seguiam esse caminho eram sujeitas a pressões e à desaprovação social.
1880 - Brasil - As primeiras mulheres graduadas em direito encontram dificuldades em exercer a profissão
1893 - Nova Zelândia - Sufrágio feminino, primeiro país a conceder o direito de voto às mulheres.
1920 - EUA - Sufrágio feminino.
1925 - Japão - O parlamento excluiu as mulheres da lei sobre o sufrágio universal. Nasce o movimento no país.
1932 - Brasil - O Governo de Getúlio Vargas promulgou o novo Código Eleitoral pelo Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro,garantindo finalmente o direito de voto às mulheres brasileiras.
1974 - Argentina - Izabel Perón (nascida em 1931) torna-se a primeira mulher presidente.


Mulher na sociedade Brasileira

domingo, 2 de janeiro de 2011

BREVE HISTÓRICO DA SEXUALIDADE


A Organização Mundial define como sexualidade:" Uma energia que nos motiva a procurar um amor,contato, ternura,intimidade, que se integra no modo como nos sentimos, tocamos e somos tocados,é ser sensual e ao mesmo tempo sexual,ela influencia pensamentos e sentimentos.

A sexualidade é um assunto que causa receio em muitos ao ser abordado pois, mesmo com todas as liberdades alcançadas sobre o assunto, ainda hoje encontra-se certa dificuldade em expor idéias e opiniões .Ela se transformou em uma necessidade humana agora melhor compreendida.Nos primórdios a sexualidade era ligada somente a reprodução para que a espécie fosse perpetuada por um casal,para o filosofo e pensador Foucault essa seria uma hipótese repressiva,o que hoje podemos dizer mais livremente que concordamos.Para a psicanálise a sexualidade é o centro do comportamento dos humanos. Freud foi um dos primeiros a dizer que as crianças eram dotadas de sexualidade e que se automanipulavam em busca de prazer. Seus estudos contribuíram imensamente para o avanço da história da sexualidade.

Muitas formas de regular a sociedade em relação ao sexo aconteceram e um exemplo disso foi o surgimento da população com problemas econômicos ,sendo assim necessário analisar taxas de natalidade, idades para se casar entre outros quesitos.Ao pensar em todas essa proposições o sexo foi assinalado como perigo, e até hoje é tratado assim por pessoas com costumes mais recatados.

Na idade média, muitos conceitos mudaram principalmente no que diz respeito à sexualidade feminina, onde o padrão imposto pela sociedade cristã era mais forte e detinha o poder de julgar da época.Santo Agostinho é um dos responsáveis pelo pensamento que a sexualidade até mesmo dentro do casamento é mau.No livro de Gêneses da Bíblia a mulher é vista como precursora da tentação do homem, como sexo, prazer e carne.Por esse motivo o certo era ser tratada como submissa e reprimida.

No século XIX houve o combate e a repressão aos desejos sexuais, mas mesmo assim abria-se um espaço maior a sexologia. Em meados do século XX Freud surgia com mais especulações a respeito da sexualidade.Já no século XXI a sexualidade passa a ser mais natural, não deixando mesmo assim de ser tratada como pecado por alguns , mas com tabus diferentemente encarados.

TABUS SEXUAIS


Virgindade: Esse quesito só é mantido por grupos conservadores e religiosos fervorosos .Hoje independente da zona rural ou urbana a iniciação na vida sexual é cada vez mais cedo.As meninas perceberão que não é preciso guardar o que antes era visto como o melhor de si:a pureza, para ser simplesmente mãe, agora elas procuram novos horizontes e isso inclui a satisfação sexual.

Sexo anal: Esse tabu ainda não foi derrubado. Os homens não desejam insanamente ter relação anal com suas respectivas mulheres, mas tudo indica que pelos últimos acontecimentos, e a grande gama de informações que estão sendo divulgadas a respeito de como conseguir ter tal relação, as coisas mudem e pode ser que venha a ser mais um tabu derrubado.

Casas de swing: Essa prática ainda não aceita por todos os casais, tem ganhado sim mais espaço na vida sexual dos casais, que vão a esses lugares em busca de novas experiências, sexo a três, voyeurismo ou o mais comum a troca de casais. Há regras que devem ser seguidas como o não beijo na boca e não passar telefones pra contato para terceiros.Só se tornaria um tipo de perversão se os casais só encontrassem prazer com essa prática.

Incesto: O maior dos tabus, ainda não se vê com bons olhos a relação entre pessoas da mesma família mesmo que esses não tenham laços sanguíneos, como madrastas e enteado.

Abstinência: A mídia é a principal responsável pelo enfoque de que sexo é vital para a felicidade, mas esse não é o total responsável por ser feliz. Pode sim haver formas de felicidade sem que haja o sexo envolvido.

Masturbação feminina: Ainda não é bem visto a mulher que se masturba pelo fato de que antigamente a masturbação ser encarada como perda de capacidade reprodutiva, mesmo que depois de algum tempo os cristãos passaram a aceitar a masturbação em presos e homossexuais que assim evitariam um mal maior.Porém a mulher que não conhece seu próprio corpo demora muito mais para obter prazer em uma relação sexual do que as que se tocaram no período de adolescência.

Traição feminina: A cobrança de fidelidade ainda continua maior sobre as mulheres, mesmo assim elas ainda praticam a “escapadinha”, mas acabam com medo de não corresponder às expectativas do marido e acabam o caso ou o casamento dependendo da intensidade dos acontecimentos. ( mulher é sempre mais sentimental)

Sex shop: A visita de mulheres a esses ambientes sempre ocorre em bandos, ou com amigas, ou com gays.Elas tem ainda receio de utilizar os adereços com os maridos, para que esses não se ofendam.Mesmo assim adquirem cada vez mais os utensílios para uso próprio pela internet e locais mais discretos.

Sexo no 1° encontro: Esse tabu ainda se concentra somente na cabeça feminina. Tudo depende de suas intenções para com o pretendente se ela quer algo só pra curtir não verá mal algum em partir rumo a um motel, mas se ela pretende algo sério com o rapaz, com certeza inventará desculpas pois ainda há o vínculo entre amor e sexo muito forte na mente feminina que nem sempre consegue separá-lo.

Sexo na velhice: Atualmente como os jovens sabem de sua capacidade e tendência a viverem mais que seus avós e pais, andam se preparando para estarem ativos sexualmente ainda com 70 , 80 anos.Mas antigamente sexo na velhice era visto como “sem-vergonhice”,já que não se pode mais reproduzir não deveriam mais praticar.

Carícias entre pessoas do mesmo sexo: Não é mais tabu, hoje mulheres encontram-se com amigas, não para manter relações sexuais, mas para ter um certo tipo de intimidade que não encontram com seus parceiros ou tem preferência por alguém que entenda onde você quer chegar.Tudo em nome da busca pelo prazer.

HISTÓRIA DA PROSTITUIÇÃO


Por prostituição podemos entender a troca de favores sexuais com ou sem sentimentos envolvidos remunerada ou não financeiramente, por bens materiais e até mesmo por promoção individual.A prostituição não é de certo a profissão mais antiga do mundo mas existe desde muito tempo atrás, e acontecia com meninas de algumas sociedades antigas como ritual de iniciação mostrando que essas haviam atingido a puberdade.

Prostitutas também já foram consideradas sagradas em alguns pontos da história e a prostituição era exercida por mulheres de altas classes sociais, muito bonitas e inteligentes. Já foram muito admiradas pelo que faziam mesmo pagando para que pudessem exercer tal profissão.

Assim como conhecemos a prostituição também já foi causa de muitas mortes, penas severas e repressões em outras sociedades mais antigas. A igreja nos primórdios e até hoje se posiciona totalmente contra a prática o que ainda determina o motivo de haver tanto preconceito e opiniões adversas sobre a legalização ou não da tal.

Não se pode esquecer que a prostituição trás males memoráveis a sociedade como a disseminação da AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis causadas pelo sexo desenfreado e desprotegido que cresce assustadoramente desde meados do século XX em nosso país e no mundo.

A prostituição chegou a patamares exorbitantes com a presença de uma nova ferramenta, a internet. Com o avanço da tecnologia tudo acaba se tornando mais fácil, conseguir clientes, fazer propaganda, marcar encontros enfim há prostituição até mesmo sem precisar sair de casa.

Os motivos pelos quais as mulheres se tornavam prostitutas antigamente, arrisco a dizer que não são diferentes dos que transformam as mulheres atuais em praticantes também, podemos citar a pobreza, a iniciação natural,a perda de status, por pressão familiar, pra custear sua própria educação.

QUEM PROCURA AS PROFISSIONAIS E PORQUE?


Em meio à enorme pesquisa levantada para falar sobre o assunto já citado, assisti a vários vídeos de depoimentos das próprias profissionais e a entrevista com a tão conhecida “Bruna surfistinha” me chamou a atenção quando ela define o perfil dos homens que a procuravam. A maioria deles eram homens casados e carentes que buscavam algo a mais com mulheres da rua. Pensando nisso procurei a fundo e fiz reconhecimento de tais motivos para que os homens procurem esse serviço.Uma das questões que me surpreenderam foi o fato de os homens se sentirem livres pra fazer o que desejam no sexo com prostitutas e não se sintam assim com suas respectivas mulheres, com o pagamento eles não se sentem responsáveis por proporcionar prazer e não ficam receosos com qualquer tipo de cobrança o que não acontece com as esposas.Não há a expectativa do telefonema do dia seguinte e nem de demonstrar qualquer tipo de interesse ou paixão pelas profissionais. Abaixo estão os motivos mais encontrados:

Demonstração de poder: alguns homens possuem a fantasia de possuir uma mulher sem que ela o deseje, por isso a procura das profissionais do sexo.

Necessidade: sim a história do virgem de 40 anos existe, homens que não conseguem parceiras sexuais normalmente recorrem a prostitutas em casos extremos.

Deficiências: Homens acometidos por algum tipo de deficiência física ou leves retardos mentais são discriminados e não conseguem sexo de forma natural.

Repressão dos desejos: homens que gostam de experimentar coisinhas novas, como o famoso “fio-terra” e sexo vestidos de mulheres às vezes sentem-se envergonhados e procuram as prostitutas para que realizem as fantasias.

Auto- afirmação: são aqueles “Maria vai com as outras” que vão na onda dos amigos e só procuram pra não ficar por baixo dos amigos.

Falta de sexo em casa: homens que não encontram em suas parceiras a satisfação sexual recorrem ao serviço da prostituição, é bem aquele lema, “quem não dá assistência perde pra concorrência.”

Praticidade: homens possuem testosterona o que deixa a libido deles aumentada quase todo o tempo, por conseqüência sexo,sexo e sexo, quanto mais melhor, pra isso servem as prostitutas, saciar as suas vontades.

Definição de Profissionais do Sexo segundo o Ministério do Trabalho

A Classificação Brasileira de Ocupação - CBO, descreve e ordena as ocupações classificando as funções, tarefas e obrigações que tipificam a ocupação. A CBO - 2002 introduziu novos conceitos e apresentou uma definição oficial para profissionais do sexo.
CBO - Nº 5198 - 05 PROFISSIONAIS DO SEXO
I - Trabalham por conta própria, na rua, em bares, boates, hotéis, rodovias e em garimpos, atuam em ambientes à céus abertos, fechados e em veículos, horários irregulares.
II - Para o exercício profissional requer-se que os tra balhadores participem de oficinas de sexo seguro, oferecidas pelas associações da categoria. O acesso à profissão é livre aos maiores de dezoito anos. O pleno desenvolvimento das atividades ocorre após dois anos de experiência.

III - Áreas de atividade

A -Batalhar programa

B - Minimizar vulnerabilidades

C -Atender clientes

D - Acompanhar clientes

E - Administrar orçamentos

F - Promover a organização da categoria

G -Realizar ações educativas no campo da sexualidade


IV - Competências

1 - Demostrar capacidade de persuasão

2 - Capacidade de expressão gestual

3 - Demostrar capacidade de realizar fantasias eróticas

4 - Agir com honestidade

5 - Paciência

6 - Planejar o futuro

7- Prestar solidariedade aos companheiros

8 - Saber ouvir

9 - Demostrar capacidade lúdica

10 - Respeitar o silêncio do cliente

11 - Capacidade de comunicação em língua estrangeira

12 - Ética profissional

13 - Manter sigilo profissional

14 - Não cortejar o companheiro de colegas de trabalho

15 - Proporcionar prazer

16 - Cuidar da higiene pessoal

17 - Conquistar o cliente


V - Recurso de Trabalho

*Guardarroupa de batalha

*Preservativo masculino e feminino

*Cartão de visita

*Documento de identificação

*Gel lubrificante à base de água

*Papel higiênico

*Lenços umedecidos

*Acessórios

*Maquiagem

*Àlcool

*Celular

*Agenda



Fonte: www.mte.gov.br

Sexo, Gênero, Sexualidade e Construção Social. 1/4

Ao longo das postagens nesse blog acompanhamos posts com curiosidades sobre sexo, mulheres, prostituição e outras minorias discriminadas como travestis, gays e lésbicas. O tema sexualidade, em geral, é repleto de tabus e isso torna o tema muito desafiador.

Sexo tem um estigma social principalmente relacionado à ação da religiosidade – herdado da cultura tradicional judaico-cristã orientada no Ocidente – que tolhe o gênero humano de lidar tranquilamente com uma dimensão de sua existência. Falar sobre mulheres também é complicado uma vez que se percebe uma ação de dominação que buscou transformar mulheres em seres submissos e inferiores. Esses são uns dos motivos para que o tema prostituição tenha vindo à tona.

Nota-se que é necessário criar um espaço de discussão, um espaço cujo intuito é dar voz a quem não tem efetivos mecanismos de fala em sua comunidade. Principalmente em relação as prostitutas que são mulheres que fazem parte sim da sociedade, por mais que “tentem ignorá-las, escondê-las, empurrá-las para o gueto, para a marginalidade, elas têm engendrado esforços para falar em uma linguagem que a esfera pública compreenda com o propósito que sua profissão seja reconhecida e que seus direitos básicos sejam respeitados” (Xavier, 2008).

Este trabalho será baseado em uma pesquisa etnográfica relacionada à análise do discurso das profissionais do sexo sobre a legalização de seu trabalho, desenvolvido pelo pesquisador Sandro Xavier, que atualmente leciona na Universidade de Brasília.

Sexo, Gênero, Sexualidade e Construção Social. 2/4

Sabemos que a linguagem é utilizada também para a coerção social, como vimos em Peter Berger durante o semestre, pois ela indica as condições de vida dos falantes, o grupo social ao qual pertence e também uma diferenciação dos discursos entre os gêneros.

Entre uma das teóricas que serviram de base teórica para o estudo citado, darei destaque primeiramente à Deborah Cameron – professora em Oxford desde 2004 cuja área de pesquisa está relacionada à sociolinguística e antropologia linguística, tendo publicado especialmente sobre linguagem de gênero e sexualidade. Sobre esse assunto ela diz que “ a segregação dos sexos durante a infância e a adolescência produz diferentes marcas nos objetivos e estilos conversacionais (Cameron, 1995 : 33). Dentro de sua área de estudo ela propõe três temas principais a serem observados com mais cuidado na fala das mulheres, são:

  1. 1) A fala e o silenciamento: momentos em que se nega as mulheres o direito de se expressarem sobre si livremente. Acontece quando as vozes são abafadas, escondidas. Ocorre em cerimônias religiosas, na retórica política, no discurso legal bem como na ciência. Ex.: muitas escritoras do século 19 preferiam adotar nomes masculinos para que seus trabalhos fossem aceitos pela crítica literária.
  2. 2) As representações: linguagem e discursos sexistas: como a linguagem faz parte da cultura humana, como se veem as mulheres e o que elas significam dentro de determinado contexto, também é apreendido pelo uso da linguagem. De acordo com Cameron, a relação da prática social com o uso da linguagem favorece a mudança de uma situação desfavorável para determinado grupo.
  3. 3) Falar de gênero: é importante que haja diferenças entre gêneros. Ela pode ser biológica, levando em conta o contexto de sexo, mas a de gênero é socialmente construída.

Sexo, Gênero, Sexualidade e Construção Social. 3/4

Para elucidar melhor o assunto, apresento outra pesquisadora importante no nosso tema: Mary Talbot da universidade de Sunderland que trabalha com teoria e análise de discurso crítico. Com base em seu livro Language and Gender: an introduction (Talbot, 1998) que começa com um questionamento importante: Porque é necessário diferenciar sexo de gênero? A resposta vem em seguida: somos classificados, ao nascer, como homens e mulheres e isso trás consequências e características pré-estabelecidas. Assim a compreensão de sexo e gênero é importante porque a partir dessa categoria haverá um tratamento determinado por parte da sociedade.

Portanto, as pessoas já nascem com uma forma definida e um padrão de atitude, palavras e gestos esperados a partir de seu gênero. São os estereótipos.

Sexo

Gênero

a) Biologicamente estabelecido

a)Socialmente construído

b) Determinado por genes, gônadas e hormônios

b) Aprendido culturalmente

c) O cromossomo sexual masculino determina o sexo do novo ser. Se Y, as gônodas desenvolvem testículos. No caso de X, serão ovários

c)As características masculinas ou femininas são adquiridas na percepção do que é afirmado pelo seu contexto

d) Essencialmente binário

d)Não se determina de forma antagônica

e) Macho ou fêmea

e)Masculino ou feminino

Fonte :Diferença entre sexo e gênero (Xavier, 2008)

Na coluna que se refere a gênero, temos vários exemplos de construções sociais que validam atitudes, comportamentos e são base do estereótipo. Quem nunca escutou a frase: homem não chora ou brincar de boneca é coisa de menina. As crianças já nascem com um mundo cor-de-rosa , se for menina, e com um mundo azul repleto de bonecos, carrinhos e bolas se for menino. Os meninos são mais agressivos, as meninas delicadas e com um senso maternal inato. Há quem não concorde com isso. Tanto a agressividade quanto esse instinto maternal são ‘treinados’ durante a infância. A menina nas suas brincadeiras de boneca, os meninos com seus carrinhos e bonecos do tipo Max Steel. O problema é que em geral essas construções são feitas sempre em privilégio aos homens.

Sexo, Gênero, Sexualidade e Construção Social. 4/4

Para concluir, gostaria de deixar aqui duas reflexões: o homem passa a vida inteira recebendo estímulos sobre como exercer sua sexualidade, com 14-15 anos, os pais levam os filhos para ‘conhecer a vida’, enquanto as meninas são estimuladas a aprenderem a cuidar da casa, do marido, dos filhos, cozinhar, administrar o lar. Nota-se que em nenhum momento houve uma preocupação com a sexualidade da mulher, que já nasce sendo educada para servir o homem e ao fazer isso resumindo a sua via a isso. O prazer sexual é negado à mulher desde o principio, já que o que prevalece mais uma vez é a repetição do estereótipo da mulher dona-de-casa, alienada e submissa à vontade de seu macho, virgem e prendada de preferência.

A outra reflexão está intimamente ligada a acima... Quando pensamos em um homem vagabundo, o que vem a sua cabeça? E o que seria uma mulher vagabunda? Ainda no século XXI, a associação feita ao homem é de poderio econômico, já a mulher não pode ter a mesma liberdade sexual que é conferida ao homem.

A importância de falar sobre discussão de gênero evidenciada quando uma mulher escolhe seguir um rumo diferente daquele que foi definido pra ela assim que nasceu e decide trabalhar com sexo, a marginalização e exclusão social a qual são submetidas é quase instantânea. Há aquelas que resolvem seguir a profissão por causa da boa remuneração, há outras que escolhem esse caminho porque gostam. Ter a liberdade de escolher seu caminho, independente de qual for, é algo pra se orgulhar, ser sem-vergonha. Aceitação de si, não vitimização e principalmente não ter vergonha de lutar pelos seus direitos de mulher como mulher em sua plenitude: mulher que sente, que chora, que sonha, que tem orgasmos múltiplos, que é mãe solteira em um mercado de trabalho competitivo, que deve se proteger em suas relações sexuais, que deve gritar alto sempre e dizer o que quer, o que pensa, o que deseja e acima de tudo que merecem respeito da sociedade hipócrita a qual todos fazemos parte. A prostituição sempre existiu, existe e sempre existirá cabe a nós decidirmos o que fazer: fechar os olhos ou estender a mão? Ignorar ou ouvir as vozes que clamam por reconhecimento de seus direitos como qualquer outro trabalhador? Esse é um espaço que viabiliza essa discussão.

ONG Davida , Daspu e o Beijo da Rua



Davida é uma instituição que tem 15 anos de atuação ( fundada em 1992), criada pela ex-prostituta Gabriela Leite , trabalha com projetos na área da educação, saúde, comunicação, direitos civis e cultura, tanto no Rio de Janeiro como no Brasil todo.

Sua missão: “Criar oportunidades para o fortalecimento da cidadania das prostitutas, por meio da organização da categoria, da defesa e promoção de direitos, da mobilização e do controle social”

Apesar do preconceito que ainda hoje existe em torno do tema, a Davida ganhou em 2002 o Prêmio Ações Sustentáveis em HIV/AIDS do Programa Nacional DST e AIDS do Ministério da Saúde.

"Daspu é uma puta parada, Daspu é uma parada de Puta "


A ONG Davida tornou-se bastante conhecida, ganhou paginas de noticiário por causa da criação da famosa

marca Daspu. Prostitutas do Rio ligadas à ONG Davida tiveram uma idéia no ano de 2005: criar uma grife para gerar visibilidade e recursos para projetos da organização. Assim nasceu a Daspu, com estampas, frases e design inspirados no mundo da prostituição. E, sobretudo com um nome provocativo, de quem não tem vergonha de dizer quem é e o que faz. Há peças de batalha que iluminam qualquer mulher, como a sutiliga, os shorts box, calcinhas, hot pants, o tomara-que-caia. E roupas para o dia-a-dia ou a noite-a-noite, de vestidos, saias, macaquinho e calça até colete, top e as camisetas femininas. Já para os homens,o principal alvo nas ruas, tem camisas, cuecas e as camisetas.

Daspu no CQC



Foto de modelo da grife Daspu ganha premio em Cannes


Uma foto da prostituta e modelo da Daspu Jane Eloy foi premiada num dos mais importantes concursos internacionais de fotografia, o Sony World Photography Awards, em Cannes 2008. A autora da imag

em é a brasileira Isabela Pacini, que teve a colaboração da alemã Valeska Achenbach. A foto foi a vencedora na categoria Moda, uma das contempladas pela Sony.
Em 2006, Isabela Pacini veio de Hamburgo, na Alemanha, onde mora, para acompanhar a preparação da coleção e do desfile de primavera-verão 2007 da Daspu, no Rio. Ela fez imagens no ateliê que p
roduziu as roupas e nas casas de três das modelos prostitutas. No ateliê, clicou a foto premiada pela Sony.



Jornal Beijo da Rua

Lançado no ano de 1988 o jornal Beijo da rua, objetiva divulga as ações das profissionais do sexo e

seu trabalho para o reconhecimento da profissão e o fim do estigma, do preconceito e da discriminação. O Beijo da rua trata das demandas das prostitutas e das ações das associações que trabalham em seu favor. Abordando temas como saúde, cidadania,

legislação, entre outros, ele é distribuído para profissionais do sexo em todo o país pelas organizações. Seu conteúdo também pode ser encontrado na internet pelo site www.beijodarua.com.br. O Beijo surgiu de forma somente impressa, contudo, hoje, pode-se encontrá-lo na internet, oferecendo acesso às matérias divulgadas na última edição além de outras mais importantes que foram impressas nas publicações anteriores do jornal.





Fonte:http://www.beijodarua.com.br/

http://www.davida.org.br/

http://www.daspu.com.br/

AS VOZES DE MULHERES PROFISSIONAIS DO SEXO SOBRE A LEGALIZAÇÃO DO SEU TRABALHO:DISCURSO E GÊNERO (Sandro Xavier)